sábado, 15 de dezembro de 2012

— Mario Quintana

“Nós colhíamos flores de hastes muito longas
E cujos nomes nem ao menos conhecíamos…
E nem sequer, também, sabíamos os nossos nomes…
E para quê, se um para o outro éramos Tu, apenas…
Ou quem sabe a Morte nos houvera bordado
numa tapeçaria
A que o vento emprestasse a vida por um momento?
E por isso os nossos gestos eram ondulantes como
as plantas marinhas
E as nossas palavras como asas suspensas no vento…”

— Mario Quintana, Para Cecília Meireles

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário