Lágrimas me vêm aos olhos. Esforço-me para que não rolem na face, e todos vejam a minha tristeza. Não quero que saibam da minha decepção. Antes, todos me viam feliz, rindo por todos os cantos. A alegria transbordava nos meus gestos, pelo meu olhar, nos meus muitos sorrisos. Hoje, fujo de todos. Não quero que me vejam, pois o sorriso fugiu dos meus lábios, a tristeza inundou meu coração. A fonte da minha alegria se foi. Você, que até pouco encantava minha vida, agora, é a razão do meu desencanto. Por que você se foi e deixou este grande vazio no meu peito? Uma frieza tão intensa que congelou meu coração, endureceu o meu rosto e emudeceu a minha voz. Sem forças para responder qualquer coisa, ouvi perplexa a dura sentença e contemplei atônica a sua ida. Sou um vulto agora, a perambular pelos cantos, tentando compreender a crueldade do seu gesto.
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